20 de dezembro de 2014

Auckland. Uma grande cidade!


Chegados a Auckland, sente se pela primeira vez alguma atmosfera natalícia.
As lojas, estão com montras bonitas, à época, mas nada de exageros que os Neozelandeses, até nisto são comedidos.
Já nem pensamos no sol e aproveitamos para conhecer a principal cidade da Nova Zelândia (embora não seja a capital administrativa do país). Fiquei com a ideia que qualidade de vida, é coisa que não falta a esta gente! Todos têm a sua casinha com jardim, o barquinho com a cana de pesca, tenham dinheiro, muito dinheiro ou não, sejam emigrantes, ou Maoris. Os bairros têm tudo o que precisam até uma pequena marina “à mão “(existem pequenos e grandes portos por tudo o lado).  
Os subúrbios, são mais que muitos e muito arranjadinhos , com grandes relvados, campos de desporto, e parques infantis espectaculares.
Fomos conhecer o que a Monocle considera o bairro cool da cidade (Ponsorby), compramos peixe fresco no mercado e passeamos. Não há grandes museus, nem galerias muito interessantes, coisas que habitualmente gostamos de visitar numa cidade. Não achei a cidade muito cosmopolita. Existe o centro financeiro com famosa “sky tower” e depois os bairros, à volta. Não há grandes cartazes nem poluição visual, também gostei disso!
Faltavam 2 noites e achamos demais ficar na cidade. As cidades não gostam de caravanas e por isso fugimos do centro. Fugimos para Piha. que fica a menos de 1 hora do centro da cidade. É um lugar de surf, com ondas e correntes perigosas, mas para o caso também não interessa, já há muito que larguei a ideia de vir a mergulhar nas águas da Nova Zelândia. Tem um café e uma mercearia e toda a gente se conhece. É considerado um subúrbio da grande cidade. Mas que subúrbio!
O sítio para dormir era mesmo em frente à praia. Um parque lindo, com casas de sonho à nossa volta, penduradas no vale, e bem enquadradas, que de noite mostravam os janelões com salas e vistaças para o oceano.
Fizemos uma caminhada na floresta e almoçamos o peixe que compramos (com chuvinha e uma família de “locals” ao lado, que quase nos pediram desculpa pelo tempo que apanhámos nas nossas férias “ Não é normal, mas sinto-me mal por vocês!”
Não precisam, porque adorei este país, achei que era realmente um lugar especial e um exemplo de natureza no planeta. Não sei se por estarem tão longe, ou por só terem sido encontrados pelos ingleses há 200 anos....
Admiro o que fazem por manter a vossa terra, os vossos animais e o orgulho que têm em ser Neozelandeses. A forma como vivem em harmonia e o respeito que têm uns pelos outros. Foi um privilégio monumental!
Next Stop: Bali for Christmas!
 é natal



 pateozinhos acolhedores com lojas e cafes



 um mercado de frutas e frescos com cafes e restaurantes com muito boa pinta!!



 Há bairros inteiros com casas vitorianas, que parecem de bonecas.

 igreja..


 Auckland contemporanea



 mercado. vai uma cabeça de peixe?



 Phia

 caminhada em Piha







 casinha no caminho

 ficou a namorar esta noite, no camping

 bye bye Auckland!!!!!!!

16 de dezembro de 2014

Península de Coromandel. Um sonho de terra!


Uns austríacos, que encontrámos há umas semanas atrás, disseram-nos para ir para Coromondel a partir de 14 de dezembro, as árvores (Christmas Tree) estão em flor e a paisagem fica linda nesta altura. Assim fizemos. Aliás, a nossa viagem é sempre muito pouco planeada. Olhamos o guia, sobretudo o guia dos campings, mas as dicas dos viajantes com quem vamos falando e que andam a fazer o mesmo que nós, são mais valiosas. Neste caso não correu bem. Coromandel esteve com sol nos últimos quinze dias e quando chegamos, entrou uma frente fria. Lá estou a falar do tempo...Eu não queria calor, mas estas paisagens com sol, dão cada foto!!!...enfim, lá fomos, com o Ricardo a rogar pragas aos Austríacos, que nem têm culpa nenhuma J
O nosso objectivo era subir até à pontinha da península, até Port Jackson e Fletcher Bay. O caminho é de sonho. Vales verdes e baías que eu só tinha visto em documentários do National Geographic.
Começamos com uma grande caminhada até Cathedral Cove. 01h30 de um caminho absolutamente espetacular para chegar a uma praia também ela, espectacular! Aquela água azul, aquele cenário e a frente fria...rrrrrhhhhhhhh!!!
Dormimos em Hahei, num super camping em frente da praia e arrancamos logo de manhã para norte.
A 1 hora de chegar a Port Jackson, um condutor que estava a descer, disse–nos que vinha aí uma tempestade e que os pequenos rios que atravessamos, com pequenas pontes simuladas de madeira, iriam encher e podíamos não conseguir passar nos próximos dias. Decidimos ir à mesma e se chovesse muito,  arrancávamos à noite, à hora que fosse. Ainda bem que fomos! A estrada de toda a península é linda e no norte, melhora ainda! Pouca gente lá vive. Só animais e vegetação. Muito selvagem.
A meio caminho, vinha eu a olhar pela janela (estrada fininha muito perto do mar) quando vi golfinhos. Parámos logo ali, quase no meio da estrada, e a chover corremos até onde a água nos deixava. Eram dezenas, aos pulos a darem-nos um show. “Estão tão felizes” dizia o Manel. Nós é que ficámos, e  aquele dia cinzento ganhou outra cor.
Chegamos a Port Jackson, depois de muita curva e contracurva na única estrada possível, muito estreita e quase impossível de imaginarmos cruzarem-se 2 carros.
Ficamos a dormir num spot selvagem com casas de banho a que eles chamam camping, por 25$ NZ(15 eur). Os campings são áreas limitadas, quase todos com wc (hiper-mega-super limpos) e ás vezes com zonas para lavar loiça ou mesmo com fogão cozinhar. Os preços variam entre os 25$ e os 60$. Uns têm duches, noutros temos de por uma moeda e despachar em prol do ambiente (dizem eles...) e outros uma retretezinha apenas. Mas sempre limpinho
Os Neozelandeses, são obcecados com a limpeza e a verdade é que não se vê um papel, uma tampa ou um plástico no chão. Quando tropeçamos em lixo, nem hesitamos em apanhar. Gostam tanto e preservam tanto, o que é deles! Nos caminhos das reservas naturais e nas imensas florestas, há quase sempre um portão enorme na entrada, onde nos pedem para limpar os sapatos, para não levarmos outra sujidade ou verme para a fauna e flora, que não a que já lá se encontra. Não há ninguém a vigiar, existe apenas a consciência de cada um, que aqui vale tudo!
Bom, acabando então a visita Port Jackson, choveu muito e eram quase 6h da manhã quando arrancamos ainda de pijama com medo das águas subirem. Correu bem, o tempo não melhorou, não conseguimos visitar a cidade de Coromandel onde havia muita coisa para fazer (chuva e ventos muito fortes) apenas compramos mexilhões e ostras que não são caros e fizemos um almoço delicioso!! Next Stop: Auckland sem grande paragens.

 a caminho de cathedral cove

estafados da caminhada mas contentes com o destino




 as casinhas são tão bem integradas na natureza

 descobrimos uma pizzaria e fomos matar saudades, das pizzas e dos matraquilhos!

 no caminho lembrámo-nos do nosso Zinho!!!

 aqui estão eles!


 as christmas trees

 baías e...

 mais baias.

 no fim do da península (fletcher bay), a estrada acaba aqui. Tempo de voltar para trás.

 o bucólico camping que parece saído de um filme



 nós e os patos. Há patos em todo o lado e não fogem, pedem comida :)

 camping em Port Jackson

 


 a estrada

tal como há 3 anos (nos EUA), volto a deitar-me na estrada que mais me marcou neste país



" isto com sol é que era"...






14 de dezembro de 2014

A Costa Oeste. O surf e um solzinho por favor!


A costa oeste é conhecida pelas boas ondas e pela quantidade de gente que pratica surf. As praias são enormes, com areia dura e escura (vulcânica), óptima para boas caminhadas, com casas de madeira e muito verde, como cenário.
Uma das nossas noites foi passada ao lado da Egmont Reserve. Eu queria muito, ver um vulcão extinto há alguns anos que existe nesta reserva. Dizem ser o mais perfeito do mundo, geometricamente falando. O mais parecido, com os que fazemos nos desenhos. As nuvens, não nos deixaram ver mais, do que a base do Monte Egmont.:( Fizemos mais uma das nossas caminhadas na floresta e esquecemos o tímido Egmont que não quis aparecer.
Os dias avizinhavam-se cinzentos, com momentos de sol, que eram aproveitados com passeios na praia  e até houve um mergulho. O tempo a piorar e quando queríamos que ficassem dias melhores! Pois íamos para Raglan, a capital do surf (melhor esquerda da NZ, dizem...) com ambiente cool, chinela no dedo...
Ficamos, em Raglan, num camping óptimo, com grande vista e ambiente muito bom. E passávamos a vida a dizer “isto com sol é que era” (a frase da NZJ)
Era tempo de largar um bocadinho a caravana, de nos esticarmos, de termos um tecto e um chão mais espaçoso. Procuramos uma “cottage” e a experiência de viver numa quinta Neozelandesa. Encontramos a da Tess. Fomos buscar ovos frescos, laranjas, da horta tirei alface, cebolinho e muitas ervinhas e senti-me em casa. O Manel deu um grande passeio a cavalo e deu biberon a um touro com 5 dias! A quinta dela é linda, cheia de frutos, flores e animais que por lá se passeiam. A Tess, vive há uma vida naquele lugar mágico, deve ter 60 e poucos e só tem rugas de alegria. Aquele lugar é ela.
Este foi a nossa ultima paragem, antes de entrarmos na Península de Coromandel. Muito entusiasmados com esta etapa que aí vem!!
Ainda não falei das pessoas que vamos encontrando nesta viagem. São alguns, os turistas europeus, mas não são aos montes. A época alta começa no dia 21, com o Solstício de verão. Quando vêm, ficam no mínimo 1 mês. Uns, juntam as férias de vários anos e vêm fazer a viagem de sonho com a família, como um casal de Americanos com os filhos, com que estivemos umas horas em Raglan. Outros gostam é de viajar sozinhos e então este e o país ideal para o fazer. John, o canadiano, que num camping (alguns têm sala de tv), viu o “Frozen 2” com o Manel, está a fazer toda a Nova Zelândia (pela 2ª vez) de bicicleta e quando eu lhe pergunto se gosta mesmo de viajar sozinho, ele diz que nem tem resposta... Até já esteve em Portugal mas claro sempre em duas rodas.
Numa noite, na floresta, chegou um italiano que viaja há 2 meses com a mulher de carro e tenda, mas chegou até cá de barco. Foram 12 meses sozinho num barco de 10 metros. Gente muito aventureira! 


 agora, paramos muito para pescar

  e pescou o 1º peixe!!

 a estrada...


 caminhada na floresta...

 ... onde esta cascata fez esquecer o vulcão

 os caminhos

 uma grande baía com um grande dia!

 céu azul!!!

 Em Egmont não vimos o Vulcão, mas apanhámos um Kiwi


 Raglan Beach




 cabines ao lado das caravanas em Raglan Beach Camping

 Raglan

 New Plymounth e mais uma pescaria, sem sucesso

 a nossa "cottage"


 o Manel e a Tess


 a lagarta...

 ...que deu a borboleta. Ela estava a olhar para mim e não usei zoom. Ela fez se à foto e só depois voou!!